Sou a filha bastarda do Lobo e da Lua...
O Lobo seduziu a Lua com seu uivo,
Que embrenhou durante a noite,
E traiu o Sol.
Gerou essa mulher loba.
E me jorra ao mundo com dor...
Com corpo de mulher,
E alma de lobo.
Chego à terra fértil faminta,
Desperto,
E apuro meu faro e meu paladar...
Vou à caça de presas belas e fáceis,
Rasgo as roupas,
Mordo a carne,
Devoro os seios, possuo a boca,
Lambo o sumo das estranhas,
Que escorrem em minhas garras,
Sacio-me do corpo,
Lavo-me no gozo,
E adormeço extasiada,
Metade mulher, maldito lobo...
E a Lua gelada e envergonhada,
Do fruto hibrido do seu pecado,
Esconde-se na alvorada.
E surge o Sol...
Furioso e Traído.
Que me dissolve,
Com sua língua de fogo.
Lambendo-me
Pés, pernas, sexo, entranhas...
E meu abdômen hibrido e seco,
Sugando-me os seios,
E possuindo-me a boca.
E me faz parte Dele,
Estou em seu âmago,
E meu sangue é o tom alaranjado do seu corpo.
Eis a sua vingança.
Apossa-se da filha bastarda do Lobo e da Lua,
Todas as manhãs,
E toda a noite me joga por terra...
Condenando-me a minha saga maldita...
De carne e de sangue.
Envergonhando minha mãe Lua.
O Lobo seduziu a Lua com seu uivo,
Que embrenhou durante a noite,
E traiu o Sol.
Gerou essa mulher loba.
E me jorra ao mundo com dor...
Com corpo de mulher,
E alma de lobo.
Chego à terra fértil faminta,
Desperto,
E apuro meu faro e meu paladar...
Vou à caça de presas belas e fáceis,
Rasgo as roupas,
Mordo a carne,
Devoro os seios, possuo a boca,
Lambo o sumo das estranhas,
Que escorrem em minhas garras,
Sacio-me do corpo,
Lavo-me no gozo,
E adormeço extasiada,
Metade mulher, maldito lobo...
E a Lua gelada e envergonhada,
Do fruto hibrido do seu pecado,
Esconde-se na alvorada.
E surge o Sol...
Furioso e Traído.
Que me dissolve,
Com sua língua de fogo.
Lambendo-me
Pés, pernas, sexo, entranhas...
E meu abdômen hibrido e seco,
Sugando-me os seios,
E possuindo-me a boca.
E me faz parte Dele,
Estou em seu âmago,
E meu sangue é o tom alaranjado do seu corpo.
Eis a sua vingança.
Apossa-se da filha bastarda do Lobo e da Lua,
Todas as manhãs,
E toda a noite me joga por terra...
Condenando-me a minha saga maldita...
De carne e de sangue.
Envergonhando minha mãe Lua.
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Fonte:http://recantodasletras.uol.com.br/poesiassurrealistas/1059282