sexta-feira, 22 de agosto de 2008

El ritmo do amor




O ritmo do amor,
Alguém saberia qual é?

Acredito que não...
Ah! o amor tem um ritmo próprio,
Possui um ritmo único,
Um ritmo tão divulgado,
E tão desconhecido.

Altera os compassos,
Acelera, movimenta, aquece,
Às vezes perdemos os passos,
Pisamos em falso.

Ai recomeça a valsa,
Bailamos como pirilampos,
Luzes incontáveis e insaciáveis,
Bailamos no espaço.

Encostamos a face no ombro amado,
Colamos nossos corações em seu peito,
E já não se sabe quem dita os movimentos,
Se é rock ou baião...
É o ritmo da emoção, sem razão.


O amor tem o ritmo lento, lânguido.
O ritmo do tango e do flamenco.
O amor é uma rumba,
O amor é uma salsa.

Acho que o amor é um samba,
Misturado com um merengue,
O amor reúne todas as danças,
É a própria dança do ventre.

Que ritmo é esse?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A morte

Bem...de certo vocês se questionarão: Que fazes a morte aqui, nesse recanto de desejo e sedução, de mulheres de cabaret, mulheres em pêlos de lobo e mulheres vestidas com amor...?
Mas eu vos anuncio, não temais, não inundei-me com a morte, apenas dou passagem na porta do meu palacete, de tantos textos incandescentes a um nobre, elegantissimo e morbido conhecido.
Afinal, é preciso reconhecermos, a morte é feminina e avassaladora.
Vos apresento a Morte, por R.Grave



A morte

Entrai, sois bem-vinda!
Não reparai na decomposição das cousas,
Tudo isso se deve à excentricidade do universo.
Sentai em algumas dessas sepulturas,
Estão limpas, apesar de alguns vermes...
Tomai este vinho
Das artérias ululantes daqueles meus queridos amigos,
Deitados confortavelmente naquela tumba fétida.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amor, me tens aqui!






Eis-me aqui novamente,
De prosa com a paixão,
Quem imaginaria...
Sai tão decidida,
Decidida a não mais voltar...

Sai noite afora,
Cai noite adentro,
De braços dado com o acaso,
Esgueirando-me entre os becos...

Sai dizendo: não volto!
Sai bailando e cantando,
Dando de ombros em descaso,
Sai acenando e acenando...

Sai correndo e rindo,
Cabelos soltos ao vento,
De saia rodada e decote,
No olhar um brilho,
Nos lábios o sabor do beijo...

Sai pra não mais voltar,
De mãos abanando,
De pés descalços,
De unhas feitas e colar.

Quem diria...
Que me veriam uma vez mais,
De forma tão eloqüente e singular,
De prosa com a paixão...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Libido




Ela... fera sedutora,
De garras e olhares incandescentes...
Ela... pecadora confessa,
A Personificação da libertinagem.
Ela... sedutora sem preâmbulos.
Fêmea, tormento, faminta...

Ela... a inquisição do meu leito,
Na escuridão do desejo.
Ela... palpável volúpia,
Que delicia as entranhas.
Toca o ego, modifica, contrasta,
Perturba o anseio...

Ela... desafia os medos no engenho maligno mundano.
Ela... clama e inflama a derme oculta,
A frágil face interna de minhas buscas,
Ela... dissolve-se nos braços,
Umedece os lábios, convidativa e sensual,
Em sua profana luxúria.

Ela... sua inconstância no amor fadado,
É o cativeiro de quem a permite,
Toma tudo para si...
Em gestos discretos e graciosos...
Incendiando o corpo,
Com um olhar enigmático e tentador.

Ela... manipuladora de sentimentos,
Condutora de pensamentos.
Acelera a pulsação,
Um corpo trêmulo,
Uma alma exaltada,
O controle em suas mãos.

Ela... busca tudo, na procura da carne,
Ardente impulso.
Reanima quem já definha,
Vicia quem já a tem.
Flamejante, quente, febril e latente.
Aguça os sentidos, o paladar, o faro...
Libido, Libido, Libido...

Autores: Princesa Lara(Andréia Gomes) e O Aprendiz(Antônio Soares)