segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A morte

Bem...de certo vocês se questionarão: Que fazes a morte aqui, nesse recanto de desejo e sedução, de mulheres de cabaret, mulheres em pêlos de lobo e mulheres vestidas com amor...?
Mas eu vos anuncio, não temais, não inundei-me com a morte, apenas dou passagem na porta do meu palacete, de tantos textos incandescentes a um nobre, elegantissimo e morbido conhecido.
Afinal, é preciso reconhecermos, a morte é feminina e avassaladora.
Vos apresento a Morte, por R.Grave



A morte

Entrai, sois bem-vinda!
Não reparai na decomposição das cousas,
Tudo isso se deve à excentricidade do universo.
Sentai em algumas dessas sepulturas,
Estão limpas, apesar de alguns vermes...
Tomai este vinho
Das artérias ululantes daqueles meus queridos amigos,
Deitados confortavelmente naquela tumba fétida.

2 comentários:

Antonio disse...

Existencialismo!!! Dialogas com a morte. Linda interpretação. Também idealizo a morte como uma mulher e, ao contrário do que dizem, a vejo como alívio e não como castigo!!! Abraço Poetisa!!!!

Antonio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.