quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sussuro de amor


Hiro...

O doce som que me escorre dos lábios,
O olhar cálido que acaricia a alma,
O toque quente e suave nas frestas da roupa
O beijo molhado que me invade a boca.

Hiro...

Um príncipe contemporâneo e encantado,
Um homem com espírito de criança,
Uma criança com o conhecimento de um sábio,
Um arco perfeito para me encaixar em seu abraço.

Hiro...

Pra quem me entrego docemente,
Mas de um modo ardente.
Que me acaricia a pele por trás do decote,
Que me extrai gemidos da boca entreaberta,
E que arrepia a textura da pele das pernas.

Hiro...

Que não traduzo, não explico e nem me entendo,
Simplesmente digo em sussurros
Hiro eu te amo.

quinta-feira, 12 de março de 2009

E fez-se o homem...


Freqüentemente sento-me nas margens da imaginação, nessa vastidão de águas das idéias, visualizo o que não consigo concretizar aos passantes, diante de suas mãos.
Certo dia ocorreu-me uma imagem Divinal, vi um lindo bebê no ápice do seu sorriso, instantaneamente formou-se em meu consciente imaginativo o ato da Criação em si...
Vislumbrei o Eterno no alto do Paraíso, compenetrado, porém com Seu terno sorriso, dando forma e vida a mais um filho.

Da argila Sagrada de Suas Mãos modelou pernas, pés, braços, tronco, cabeça e traços... Tudo na simetria assimétrica do amor incondicional.
Encantei-me particularmente quando Ele pôs-se a finalizar sua obra e no topo do corpo colocou a mente, para que de lá a razão comandasse os pés, pernas, braços e lábios, enfim um corpo inteiro...
Logo abaixo, plantou no rosto os olhos, plantou-os em par e propositadamente no alto, para que enxergassem o máximo possível e para que no “tira-teima” da vista, um fiscalizasse o que realmente via o outro.
Descendo um pouco mais, Ele deu o sopro da vida, soprou nas narinas o aroma das essências da existência.
Na mesma altura, fixou as orelhas, em par novamente, para que ao ouvir processassem na mente, ponderando o que cada uma escutou na nitidez da razão.
Abaixo de todos os traços citados, Ele inseriu a boca, não menos importante, pois uma vez mais Sobrou a vida, mas ao invés de odor, atribuiu o sabor. E através dos lábios ensinou-o a ingerir o alimento, que alimenta a carne e fortalece o espírito, pois é fato que nos foge o juízo e o amor ao próximo torna-se fugaz quando temos o estomago comprimido.
E ligou nossos lábios ao nosso coração que tem seus batimentos alheios aos nossos desejos, nosso órgão involuntário e voluntarioso, e exatamente lá Ele tomou por Seu abrigo. E invariavelmente escapam de nossos lábios o que trazemos no peito.Por isso eu procuro evitar blasfemar, porque cada blasfêmia lançada ao vento profana um Templo que só tem a mim como guardiã.

domingo, 23 de novembro de 2008

A pele exposta na alma nua



A pele exposta na alma nua,
A boca quente na língua úmida
O suor salgado na carne crua
O desejo rouco na nuca sua
Fiz-me intensa na extensão do seu corpo
Fiz-me febril na dimensão do seu todo
Resisti pouco aos seus anseios muitos
Gritei seu nome mordendo meus pulsos
Gemi sôfrega no quarto escuro
E esfreguei em cetim meus próprios punhos
Escorri escaldante em seu corpo quente
Adormeci exausta no seu colo envolvente
E o amei e amo a cada segundo
E na minha entrega senti seu tudo
E a cada partícula da pele exposta,
A cada lance da alma nua
E sem que diga, já sou sua.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Desejo Confesso




Sou ré confessa, do pecado do desejo.

Sou ré confessa e reconheço,

Cobiço seus beijos.

Sou ré confessa e te quero,

Sorvendo a seiva do cálice dos meus seios.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e assumo,

Quero seus lábios na parte do meu corpo,

Que pertence a Vênus.

Quero a aspereza da sua língua nos meus segredos.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e aceito.

O tremor em meu corpo, ao sensual toque dos seus dedos.

E a explosão de fluídos, que escorrem aos gemidos,

Umedecendo seus lábios e meu corpo inteiro.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e permito,

Os efeitos lunares em minha libido,

E meu solitário desejo, saciado,

Por minhas mãos que percorrem, onde quero seu corpo.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e pronto.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Princesa Andy




Mais que uma homenagem, um tributo de um grande mestre e poeta...




Princesa Andy querida, permita –me te levar

Nos floridos jardins do Louvre

Ou no palácio de Mármore
Da mística Calcutá.



Dá-me tua mão morena e vamos namorar

Nas orlas da Côte D Azur

Ou nos áridos desertos

Do longínquo Catar.



Nestas tardes mornas do oriente

Perfume a alcova da tenda

E no branco areal do Oásis
Vem me completar.



Andy, princesa adorada, vem comigo divagar

Dos outeiros verdejantes

No crepúsculo avermelhado

Ver o céu unir-se ao mar.



Fica comigo Andy amada,nas brumas do alvorecer

No descortinar desse dia

Embriagar-me com seus beijos

Com seus doces beijos, aumentar-me o desejo

Deixar a vida florescer.



Andy, musa encantada,Olhos claros da alvorada

Embala-me nos meus sonhos

No seu canto e seus encantos

Faz do seu corpo um manto

E me cubra de prazer.



Antes de tudo, uma nova dimensão de lírica poesia e poeta,

Nascida no frescor de clara manhã romântica e

Distintamente situada num cinturão de estrelas ,

Rutilante luz que das plêiades distantes,

Emprestas aos olhos deste simples circunstante

Indizível ventura que transforma o dia, melhora a vida e

Acende uma chama de desejo ardente ....................

Pelos lábios mais quentes que os meus jamais tocou


Copyright by, Oliveira Domingues de. São Paulo, 17 de outubro de 2008.

sábado, 11 de outubro de 2008

Amor em Veneza



Conduza-me belo cavalheiro,
Pelos casarões a beira dos canais de Veneza,
Oculte sua face, nas famosas máscaras,
Deixe amostra, seus cabelos grisalhos,
Que te saltam nas têmporas.

Fale-me dos seus dias passados,
Da sua vasta experiência.
Embebede-me,
Com sua ampla eloqüência.
E com seu requintando vocabulário.

Caminhemos,
O tempo não nos é escasso,
Temos a eternidade,
Para declamarmos embevecidos,
De cada um, os poemas.

Conduza-me belo cavalheiro,
Pelos canais de Veneza,
A cidade dos românticos,
Onde os gondoleiros serenamente remam,
Carregando em suas gôndolas,
Pouco mais que sonhos.



Beije-me sob as estrelas,
E toque-me suavemente,
Sem a sofreguidão dos amantes,
Mas a certeza, dos amados.

Ama-me nobre cavalheiro,
Nos quartos escuros de Veneza.
E misture nossos ecos,
Aos que ecoam, nos corredores,
Da bela Veneza.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eu amo você!



D”us ao sonhar acordou você,
És o sorriso no rosto pálido,
A luz no olhar apagado,
A alvorada no breu da noite,
A ponte sobre as águas turvas,
A canção poética no silêncio,
O bálsamo na dor,
O calor no corpo gélido,
A vida a fluir, por meu todo.

És um menino brejeiro,
Quando roubas as tâmaras e os frutos das oliveiras.
Um homem astuto,
Quando ao me fitar, ouve tudo, dos meus lábios mudos.
O amigo verdadeiro,
Quando me protege sob seu escudo.

Quando caminhas nas montanhas de Israel,
Seus pensamentos buscam os meus.
Eu em meus devaneios os encontro.
Caminhamos lado a lado,
Descalços a sentir a relva,
A paz é tamanha, a alegria desmedida.
Um encontro de almas de afinidades infinitas.


Não concebo o amanhecer,
se não desperto dos sonhos contigo.
Não me imagino aquecida,
se o que me envolve, não são seus braços.
Não ouço poesias,
se não brotam de seus lábios.
Não me atiçam os aromas,
se não emanam do seu corpo.


Me inicio e termino em ti,
Não por adoração, seria pecado adora-lo,
Nem por devoção, seria heresia.
Mas por um sentimento único e sublime.
Que me toma por inteira, extiguindo o vazio.
E me torna em alguns instantes metade,
Só para que eu me entregue ao seu corpo inteiro.
Que te faz sussurros nos meus gemidos,
E a vida pulsante nesses corpos unidos.