sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cabaret



Cheiro de pecado...
Mesas na penumbra ,
Edith Piaf ao fundo,
Cabernet Savignon e Charuto...

Corta-me no rosto o frio,
Enquanto todos bebem ,
E saboreiam a harmonia servida ...

Ela surge no palco!
E a luz contorna seu corpo...
Os seios fartos como cálices de vinho,
A cintura na medida do arco dos meus braços,
Pernas longas e torneadas
E pés nos saltos altos.

Está de femme fatale, a minha Lolita...
De cabelos esvoaçados,
Com um rebolado...
De fazer salivar
E ela tem os lábios tão carnudos,
Macios como camurça.
Ah a minha Lolita...

Ela se insinua, já seminua...
Com meias de seda,
Negligê preto, longas luvas
E um falso diamante no dedo.
Ela balança os longos cabelos,
E tira peça por peça requebrando,
Enquanto a platéia está em silêncio,
E em meu peito o coração sangrando.

Ah minha Lolita...
Ah! Cabaret... cabaret...
Minha derrota...
Tanto gostava das belas mulheres,
E do prazer fácil...
Até o show da minha musa Lolita ...

Que com sua inocência,
Seus cabelos trançados,
Saia pregueada
E caderninho nos braços...
Dançou pra platéia
Mas olhou só pra mim...

Ah minha Lolita...
A Madan nem desconfia,
Que sou seu namorado...
Tanto Lolitas, como Femmes:
Só tem compromissos com clientes...
Ah!Cabaret! Cabaret!

O Show continua...
Lolita está nua,
Mas já não é Lolita, nem Femme Fatale...
Sentada tão frágil,
Sob a luz da Lua,
Minha musa...
É apenas um relicário...
Mulher de Cabaret!
Ah! Cabaret!Cabaret!
Todos os direitos reservados.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta divino minha vênus...
persebo a cada poema seu que tu serás grande minha vênus, muito grande sinto cada palavra sua, são tão belos os seus versos...continue assim que sempre properará.....

Adamah