terça-feira, 8 de julho de 2008

Nós




Eu o cobicei ao olhar distante,
Como se procurasse o que já tenho em mim.
As Dunas movendo, sob seus movimentos,
A brisa a nos inflamar perdidamente,
E estrelas reluzindo em seu olhar de firmamento.
Perguntei-me: onde andas?
E num toque, de mãos sedentas, não só me deu resposta...
Como deixou em minha pele a tua presença.
E em meus lábios um rouco murmúrio,
De voz abafada num desejo imenso,
De desabotoar os botões de sua camisa,
E a pergunta que estava calada vinha... És minha?
A resposta está entre dentes, na ponta da úmida língua,
Num beijo molhado matamos a nossa sede,
Na invasão das minhas entranhas, nossa gula.
Na carícia de dedos mergulhamos,
As profundezas de nossas essências.
Que nos faz tão somente sermos nós,
Mas sermos nós, em nossa loucura.
É sede que nunca seca...
É fome que não se sacia...
É desejo que não morre...
É amor que não se finda...
É a vida, é a vida, é a vida!
Poema criado em parceria com Ginaldo S. Silva. Escritor de artigos, ensaios, resenhas e críticas. Deixo gravado meu agradecimento, pelo enriquecimento de minha obra.
Todos os direitos reservados.

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