quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Desejo Confesso




Sou ré confessa, do pecado do desejo.

Sou ré confessa e reconheço,

Cobiço seus beijos.

Sou ré confessa e te quero,

Sorvendo a seiva do cálice dos meus seios.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e assumo,

Quero seus lábios na parte do meu corpo,

Que pertence a Vênus.

Quero a aspereza da sua língua nos meus segredos.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e aceito.

O tremor em meu corpo, ao sensual toque dos seus dedos.

E a explosão de fluídos, que escorrem aos gemidos,

Umedecendo seus lábios e meu corpo inteiro.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e permito,

Os efeitos lunares em minha libido,

E meu solitário desejo, saciado,

Por minhas mãos que percorrem, onde quero seu corpo.



Sou ré confessa, do pecado do desejo,

Sou ré confessa e pronto.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Princesa Andy




Mais que uma homenagem, um tributo de um grande mestre e poeta...




Princesa Andy querida, permita –me te levar

Nos floridos jardins do Louvre

Ou no palácio de Mármore
Da mística Calcutá.



Dá-me tua mão morena e vamos namorar

Nas orlas da Côte D Azur

Ou nos áridos desertos

Do longínquo Catar.



Nestas tardes mornas do oriente

Perfume a alcova da tenda

E no branco areal do Oásis
Vem me completar.



Andy, princesa adorada, vem comigo divagar

Dos outeiros verdejantes

No crepúsculo avermelhado

Ver o céu unir-se ao mar.



Fica comigo Andy amada,nas brumas do alvorecer

No descortinar desse dia

Embriagar-me com seus beijos

Com seus doces beijos, aumentar-me o desejo

Deixar a vida florescer.



Andy, musa encantada,Olhos claros da alvorada

Embala-me nos meus sonhos

No seu canto e seus encantos

Faz do seu corpo um manto

E me cubra de prazer.



Antes de tudo, uma nova dimensão de lírica poesia e poeta,

Nascida no frescor de clara manhã romântica e

Distintamente situada num cinturão de estrelas ,

Rutilante luz que das plêiades distantes,

Emprestas aos olhos deste simples circunstante

Indizível ventura que transforma o dia, melhora a vida e

Acende uma chama de desejo ardente ....................

Pelos lábios mais quentes que os meus jamais tocou


Copyright by, Oliveira Domingues de. São Paulo, 17 de outubro de 2008.

sábado, 11 de outubro de 2008

Amor em Veneza



Conduza-me belo cavalheiro,
Pelos casarões a beira dos canais de Veneza,
Oculte sua face, nas famosas máscaras,
Deixe amostra, seus cabelos grisalhos,
Que te saltam nas têmporas.

Fale-me dos seus dias passados,
Da sua vasta experiência.
Embebede-me,
Com sua ampla eloqüência.
E com seu requintando vocabulário.

Caminhemos,
O tempo não nos é escasso,
Temos a eternidade,
Para declamarmos embevecidos,
De cada um, os poemas.

Conduza-me belo cavalheiro,
Pelos canais de Veneza,
A cidade dos românticos,
Onde os gondoleiros serenamente remam,
Carregando em suas gôndolas,
Pouco mais que sonhos.



Beije-me sob as estrelas,
E toque-me suavemente,
Sem a sofreguidão dos amantes,
Mas a certeza, dos amados.

Ama-me nobre cavalheiro,
Nos quartos escuros de Veneza.
E misture nossos ecos,
Aos que ecoam, nos corredores,
Da bela Veneza.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eu amo você!



D”us ao sonhar acordou você,
És o sorriso no rosto pálido,
A luz no olhar apagado,
A alvorada no breu da noite,
A ponte sobre as águas turvas,
A canção poética no silêncio,
O bálsamo na dor,
O calor no corpo gélido,
A vida a fluir, por meu todo.

És um menino brejeiro,
Quando roubas as tâmaras e os frutos das oliveiras.
Um homem astuto,
Quando ao me fitar, ouve tudo, dos meus lábios mudos.
O amigo verdadeiro,
Quando me protege sob seu escudo.

Quando caminhas nas montanhas de Israel,
Seus pensamentos buscam os meus.
Eu em meus devaneios os encontro.
Caminhamos lado a lado,
Descalços a sentir a relva,
A paz é tamanha, a alegria desmedida.
Um encontro de almas de afinidades infinitas.


Não concebo o amanhecer,
se não desperto dos sonhos contigo.
Não me imagino aquecida,
se o que me envolve, não são seus braços.
Não ouço poesias,
se não brotam de seus lábios.
Não me atiçam os aromas,
se não emanam do seu corpo.


Me inicio e termino em ti,
Não por adoração, seria pecado adora-lo,
Nem por devoção, seria heresia.
Mas por um sentimento único e sublime.
Que me toma por inteira, extiguindo o vazio.
E me torna em alguns instantes metade,
Só para que eu me entregue ao seu corpo inteiro.
Que te faz sussurros nos meus gemidos,
E a vida pulsante nesses corpos unidos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Enraizados no amor poético




Quero enraizar-me nas profundezas do seu corpo,
Alimentar-me do solo fértil dos seus poemas,
Aquecer-me nos raios solares da sua sabedoria,
Regar-me no gozo de suas entranhas,
Florescer jovem, menina, verde e pura de agonia.


E quando no poente avermelhado, vier encontra-me seu perfume,
Que o doce enlevo de ardente paixão, embale me na crista das marolas,
E num mar de esmeraldina cor, eu possa buscar -te sem pudor
Amar-te até o nascer de vitrea aurora
E no sol menino de radiante manhã, voce seja a minha musa e minha flor.


Estarei entrelaçada ao seu dorso viril,
Tal qual a vegetação parasita, em um tronco,
E me alimentarei do oxigênio dos seus lábios,
E nos galhos dos seus braços,
Desabrocharei como botão em flor febril.


Renascerei a cada instante no encanto de seus mágicos sussurros,
Na fonte dos seus seios e no palpitar célere de seu coração virginal
Transportar-me ei pelas veredas do cosmos infinito
E no calor da matéria em chamas, como incandescente astro
Unirei o meu ser no teu corpo em brasa e sentirei a paz celestial


Já não temerei os invernos severos, estarei aquecida com seu calor.
Nem tampouco me será incomodo o verão,repousarei na sombra da sua proteção,
No outono cairão as folhagens dos nossos corpos em êxtase,
Até que na primavera dos nossos anseios, brote uma vez mais o desejo.
Nos tornando famintos e frenéticos, nessa busca insana de amor .


Passará o tempo implacável e nos ventos e nas brisas
Nas horas vagas , nas tardes frias, nas singelas melodias
Permanecerá a alusão de duas almas que em literata poesia
Cantou o amor, viveu o instante, ser simplesmente em um dia
Humilde poeta, doce poetisa.

Copyright by - Santos, Andréia Gomes dos
Oliveira, Guilhermino Domingues de
In , Poesia a Dois - São Paulo, 06 de outubro de 2008.